Estamos confeccionando nosso brinquedos...
Fazendo pinturas e colorindo...
Fizemos vai e vem, boliche e carrinho
Refletindo sobre a prática...
Foucalt já dizia que cada um é um e que embora nossas relações sejam permeadas pelo poder em praticamente todos os setores da sociedade, a universalidade do todo não existe, os homens não nascem iguais, não vivem de forma igual e tão pouco aprendem da mesma maneira.
Essa compreensão me proporcionou um novo olhar para os alunos do primeiro ano que observo e em que faço práticas de monitoria: A criança é realmente incrível, desprendida de pudores, preconceitos, das falsas moralidades. Elas estabelecem relações que se entrelaçam por suas construções, suas próprias identidades, com afetuosidade, solidariedade e de maneiras inteligentíssimas.
Rubem Alves diz que a escola deforma as crianças ao invés de formá-las, e se analisarmos isso faz muito sentido.Porque não proporcionar as crianças essa liberdade prazerosa de expressar-se, de particar, de aprender, desprendidas das concepções tradicionais?
A prática nos proporciona vivenciar aquilo que aprendemos na teoria, é um refletir construido através de ações. Minha experiência foi um momento feliz, em que fizemos brinquedos, pintamos, nos ajudamos mutuamente, brincamos juntos, mas mais do que isso, me possibilitou a certeza de que isso deve ser e fazer parte da escola, do ensino. A escola e a sala de aula devem ser ambientes para muitos momentos felizes e sadios, em que o conflito e as construções estejam sempre presentes.
Algo me marcou profundamente: Quando a professora Nani comentou que nunca tinha visto Samira tão feliz e ativa, pois ela geralmente tem um ritmo mais lento em relação aos outros alunos e no dia da prática ela pulava, brincava e participava e isto me fez feliz!
Considerar o que as crianças pensam,como se relacionam com os objetos, com as pessoas, nos dá uma idéia de com articulam saberes...a sala de aula pode ser inventada mas as crianças precisam ser consideradas...
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