terça-feira, 19 de outubro de 2010


Bartolomeu Campos de Queiroz
"Um pensar estrangeiro andou atordoando
meu pouco entendimento. Ir para a escola
era abandonar as brincadeiras sob a sombra
antiga da mangueira; era renunciar o debaixo
da mesa resmungando mentiras com o
silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa
buscando novas surpresas e outros convites.
Contrapondo-se a essas perdas, havia a
vontade de desamarrar os nós, entrar em
acordo com o desconhecido, abrir o caderno
limpo e batizar as folhas com a sabedoria da
professora; diminuir o tamanho do mistério,
abrir portas para receber novas lições, destramelar
as janelas e espiar mais longe. Tudo isso
me encantava”.

Gosto de pensar na escola como um lugar que acolhe, que semeia,
Um lugar em que, apesar de todas as dificuldades, é possível continuar abrindo portas, continuar a destramelar as janelas e descobrindo novos olhares...

Um comentário:

  1. Aninha, adoro ver a paixão com que te entregas às coisas! Volto a repetir: é um privilégio ser tua colega e aprendo todos os dias ao teu lado. Quando eu crescer quero ser parecida contigo!! Bjus
    Angela

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