quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Oito Anos

Por que você é flamengo
E meu pai botafogo?
O que significa
"impávido colosso"?

Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme?
Por que os dentes caem?
Por onde os filhos saem?

Por que os dedos murcham
Quando estou no banho?
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo?

Quanto é mil trilhões
Vezes infinito?
Quem é Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?

Well, well, well
Gabriel...
Well, Well, Well, Well...

Por que o fogo queima?
Por que a lua é branca?
Por que a terra roda?
Por que deitar agora?

Por que as cobras matam?
Por que o vidro embaça?
Por que você se pinta?
Por que o tempo passa?

Por que que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que que a gente morre?

Do que é feita a nuvem?
Do que é feita a neve?
Como é que se escreve
Re...vèi...llon

Well, Well, Well
Gabriel...(4x)


Adriana Calcanho
Composição: Dunga / Paula Toller

Sobre os PCNs- Parâmetros Curriculares Nacionais Refletindo

"A leitura é uma lente de aumento!Quando eu leio sobre o mundo eu entendo mais o mundo."
Ouvi esta frase em uma interessante palestra ministrada na Facos, cujo tema definia-se: A importância do ato de ler em uma perspectiva histórica. Eu realmente concordo com ela! No momento em que ocorre o início da leitura, se abre um leque infinito de novos olhares, não é apenas um estar no mundo, mas fazer parte dele como um ser que participa, atua e opina; quando se inícia o processo da escrita e suas mais diferentes formas e maneiras de ser, encontram-se os meios de expor e registrar um pensamento, um ideal...o conhecimento.
Dai a importância do papel da escola como veículo transformador e dos professores como membros indispensáveis neste processo de formação de sujeitos mais felizes em estar na escola, mais livres para pensar e aprender.
Os PCNS, fundamentados e visando a construção de uma escola melhor, com professores mais atuantes e acima de tudo, buscando a formação de cidadãos mais conscientes, atuantes, criticos e fazedores de sua história, vai nos propor novas idéias e parâmetros que devem ir de encontro a estes objetivos, tais como propor um ambiente motivador e interessante, como bibliotecas na escola e nas classes com diferentes literaturas para que o aluno tenha onde buscar. Propor o uso de recursos variados como os de audio visual, saidas de campo, projetos com temáticas que vão de encontro a realidade dos alunos e da comunidade, aulas dinâmicas em que se estabeleça um interegir professor-aluno, aulas em que os alunos tenham acesso aos mais variados tipos de textos e de registros, como jornais, revistas, noticias, sites, blogs, dissertações, rótulos, baners,etc. Juntamente a estes objetivos e ações devem andar lado a lado o planejamento, os conteúdos ensinados/refletidos e uma avaliação que leve em conta o aluno como um todo, seus aspectos cognitivos, afetivos, seu crescimento, o aprendizado construído, onde estão os erros e onde estão os acertos, para que as mudanças necessárias sejam feitas em busca de uma educação melhor e de uma escola melhor.
Faz-se necessário um repensar a escola, um refletir sobre nossas ações e sobre tudo um persistir diário, porque o primeiro passo já foi dado: saber que existem muitas coisas boas mas que a mudança é necessária para melhorar ainda mais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010


Bartolomeu Campos de Queiroz
"Um pensar estrangeiro andou atordoando
meu pouco entendimento. Ir para a escola
era abandonar as brincadeiras sob a sombra
antiga da mangueira; era renunciar o debaixo
da mesa resmungando mentiras com o
silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa
buscando novas surpresas e outros convites.
Contrapondo-se a essas perdas, havia a
vontade de desamarrar os nós, entrar em
acordo com o desconhecido, abrir o caderno
limpo e batizar as folhas com a sabedoria da
professora; diminuir o tamanho do mistério,
abrir portas para receber novas lições, destramelar
as janelas e espiar mais longe. Tudo isso
me encantava”.

Gosto de pensar na escola como um lugar que acolhe, que semeia,
Um lugar em que, apesar de todas as dificuldades, é possível continuar abrindo portas, continuar a destramelar as janelas e descobrindo novos olhares...