segunda-feira, 13 de maio de 2013

III Seminário Institucional do Pibid e I Simpósio de Educação, Univates/2013


PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO:
O USO DO COMPUTADOR AONDE A INTERNET AINDA NÃO CHEGOU

Ana Cláudia Tedesco dos Santos[1]
Anilda Machado de Souza[2]
                                                                                                        Lígia Beatriz Goulart
Eixo Temático: Educação e Tecnologias

Resumo: Este estudo surgiu a partir das atividades desenvolvidas no Pibid, sub projeto do curso de Pedagogia da Faculdade Cenecista de Osório, durante o ano de 2012 e refere-se à possibilidade de usar o computador e seus recursos em práticas de alfabetização em uma escola da rede municipal do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, aonde a internet ainda não chegou. Durante observações e monitorias numa turma de segundo ano, percebeu-se que havia a disposição na escola computadores e netbooks, entretanto, os mesmos eram utilizados apenas nas aulas de informática e para jogos. Fundamentado nas ideias de Ribeiro (2012), cada objeto de ler e suas configurações são apropriados pelos sujeitos por meio da experiência e experimentação. Assim, um dos objetivos principais ao abordar esta temática era ampliar o uso do computador nas práticas alfabetizadoras, bem como, tentar promover, mesmo com a ausência da internet, atividades que valorizassem outros recursos do computador como o áudio para ouvir músicas e histórias infantis, programas como Power Point para desenhos e registros, editores de texto para que os alunos pudessem escrever suas próprias histórias, entre outros. Neste contexto foram promovidas práticas com ênfase em oficinas de aprendizagem explorando no computador propostas como a construção de um alfabeto de fotos da turma. Inicialmente os alunos tiraram fotos uns dos outros, depois às mesmas foram impressas e deixadas à disposição para que a turma pudesse explorar o material, comparando, estabelecendo relações e trocando vivências. Após, utilizando o editor de textos Word, os alunos construíram individualmente seu próprio alfabeto de fotos. Cada aluno escolheu a foto que desejava relacionar ao colega e sua respectiva letra inicial, devendo também registrar seu nome. Foi uma experiência carregada de significados porque os objetos de conhecimento eram os próprios alunos. Serviram de análise para este estudo os registros realizados em um portfólio e também em um blog. Constatou-se que é possível desenvolver muitas práticas alfabetizadoras contando apenas com o computador e que contemplar o mesmo nesse período da vida escolar tende a contribuir para grandes aprendizagens. O resultado destas oficinas produziram efeitos no cotidiano da turma, pois os alunos encontraram mais facilidade para construir sua escrita e ampliar sua leitura, tendo em vista, que tiveram contato com outros portadores de texto como músicas e histórias infantis, com vários tipos de letras e possibilidades de escrita, ajudaram-se mutuamente, tentaram novas hipóteses de escrita, escreveram o que desejavam observando espaço, parágrafo, letra maiúscula, minúscula, a formação de sílabas. Também produziram textos simples, realizaram leituras de histórias em que eles mesmos puderam escolher seu tempo e organizar sua leitura.

Palavras-chave: alfabetização, computador, leitura e escrita.

Referências:
RIBEIRO, Ana Elisa. Novas Tecnologias para ler e escrever. Belo Horizonte: RHJ, 2012.




[1]Bolsista PIBID Pedagogia da FACOS suatfinanceiro@yahoo.com.br
[2]Profs. Coordenadoras PIBID Pedagogia da FACOS souzah@hotmail.com, ligiabg@terra.com.br

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