Segundo os grandes estudiosos a idéia de infância pode ser definida como uma invenção que ocorreu no final do século XVII, início do século XVIII. Isto se deve ao fato de que nesse momento histórico, voltaram-se os olhares novamente para o uso da razão, para busca do conhecimento, da ciência, é o século das luzes, o homem como sujeito de sua razão.
Rousseau, em Emilio ou Da Educação (1995), vai defender a idéia de infância como algo puro, criativo e que deveria ser longo, que a criança deveria experimentar, ter a natureza como guia e que também deveria contaminar homem com essa vivência, tendo em vista que o autor acreditava que o homem nasce bom e a sociedade é que o corrompe.
Rousseau, em Emilio ou Da Educação (1995), vai defender a idéia de infância como algo puro, criativo e que deveria ser longo, que a criança deveria experimentar, ter a natureza como guia e que também deveria contaminar homem com essa vivência, tendo em vista que o autor acreditava que o homem nasce bom e a sociedade é que o corrompe.
Passa a ser defendida a criação de um período e de uma série de cuidados com relação à criança, que antes não havia, pois a mesma não era um ser significativo. A criança agora deixa de ser um adulto em miniatura para assumir um papel importante na sociedade da época. Lança-se um novo olhar para a criança e suas necessidades.
Neste sentido, fica evidente a grandiosidade do universo infantil e de suas expectativas. Procuramos durantes longos e longos períodos explicar, entender, definir como a criança aprende, como estabelece relações, como acontecem suas escolhas. Piaget, Vygotsky, Emília Ferreiro, em fim, muitos foram e ainda são os que contribuíram e contribuem para a busca incessante das respostas acima e de muitas outras. Acredito que o real sentido dessa busca seja o de entender o processo de ensino aprendizagem para encontrarmos, entre outras coisas, a melhor maneira de promover o conhecimento para as crianças e para os respectivos alunos das redes escolares.
É fato que as escolas e a educação de hoje são frutos de um contexto histórico embasado pelo modelo tradicional que se constituíram ao longo dos anos com uma realidade muitas vezes precária, com alunos que apresentam uma diversidade cultural muito grande, com professores despreparados e cansados, com conteúdos desconectados do cotidiano, mas é certo também que há um universo repleto de possibilidades e que não é viável estagnar no tempo da educação depois de tantos avanços e estudos.
A educação carece de motivação, de novos olhares, de empenho e de uma nova construção. Nesse sentido, meu enfoque refere-se aos conceitos de leitura e escrita, na opinião, fundamentais para o completo desenvolvimento da criança e posterior adulto.
A escola aprendeu o b+a= ba e Soldados de Jô e parou no tempo, as cartilhas reproduzem uma metodologia de ensino que em grande parte não coincidem com a realidade dos alunos e da escola, e as folhas mimeografadas e os xérox reproduzem as cartilhas. Rubem Alves em uma de suas obras menciona que “a escola deforma a criança ao invés de formá-la” e realmente penso que é isso que está acontecendo. Os conteúdos são dados como por obrigação e não se ensina mais as crianças a fazerem perguntas, mas sim, às abafam com respostas prontas, daí se explicam as grandes evasões, as grandes ditas “dificuldades de aprendizagem”, as crianças que não conseguem ler ou escrever, que não exercem os conhecimentos como elo de troca entre o outro e o meio.
Mas o que a Literatura Infantil tem a ver com esses problemas educacionais e com a breve introdução de infância? Pois bem, a literatura infantil é uma grande possibilidade de direcionar o ensino da leitura e da escrita e de promover um resgate da criança à escola, a voltar a gostar da escola. Dê um livro a uma criança que não sabe ler e ela vai ler, do seu jeito, da sua maneira. Ela não tem ainda entendimento sobre o que está registrado, mas ela está lendo, com suas pausas, com suas observações e seu olhar atento. A Literatura infantil vai levar o aluno ao mundo encantado das histórias, dos sonhos e vai despertar na mesma o interesse e gosto pela leitura, seguido pela necessidade de realizar seus próprios registros.
Mas o que a Literatura Infantil tem a ver com esses problemas educacionais e com a breve introdução de infância? Pois bem, a literatura infantil é uma grande possibilidade de direcionar o ensino da leitura e da escrita e de promover um resgate da criança à escola, a voltar a gostar da escola. Dê um livro a uma criança que não sabe ler e ela vai ler, do seu jeito, da sua maneira. Ela não tem ainda entendimento sobre o que está registrado, mas ela está lendo, com suas pausas, com suas observações e seu olhar atento. A Literatura infantil vai levar o aluno ao mundo encantado das histórias, dos sonhos e vai despertar na mesma o interesse e gosto pela leitura, seguido pela necessidade de realizar seus próprios registros.
É importante salientar que existem obras diferenciadas para a faixa etária e temas que podem e devem se bem explorados, promover aprendizados significativos, o resgate de valores, do lado lúdico, de novas experiências, entre outros.
Contar e ouvir histórias não são somente isso, além de despertar todo lúdico, a imaginação, a criatividade, elas são fontes inesgotáveis de atividades, elas transmitem valores, desenvolvem a sociabilidade, permitem trabalhos que explorem a motricidade, através dos recortes, colagens, desenhos, permite a criação de atividades que trabalhem a oralidade, a fala, a escrita. A literatura infantil pode ser apresentada à turma por meio de recursos variados tais como: varal, dramatizações, leitura oral, livro de imagens, o próprio livro, ampliação de imagens, fantoches, album da história, avental, em fim, existem um infinidades de maneiras de contar uma história.